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IHC & UX

Um resumo sobre conceitos, diretrizes, recomendações, métodos, e boas práticas em IHC e UX.

Avaliação de IHC através de Observação

Em métodos de observação, analisamos os usuários durante a execução de tarefas para identificar problemas reais na execução do sistema. Nesta seção, vamos discutir três métodos desta categoria: Teste de Usabilidade, Avaliação da Comunicabilidade, e Prototipação em Papel.

Teste de Usabilidade

“Usability testing is never a waste of time, even if you think you know the answer.” — Hoa Loranger

Usabilidade define a facilidade para utilizar e compreender uma interface durante o uso. Logo, um teste de usabilidade foca na experiência de uso dos usuários. Em alguns cenários, este tipo de teste parece desnecessário, já que temos a impressão de que podemos “prever o resultado”. Entretanto, este método oferece diversos benefícios. Podemos identificar problemas de design do produto ou serviço, descobrir oportunidades de melhoria, e claro, compreender o comportamento e preferências do usuário.

Hoa Loranger, por exemplo, sugere uma lista de razões para realizar testes de usabilidade. Dentre os tópicos, a especialista UX menciona a possibilidade de uma interpretação errada. Até mesmo os profissionais experientes podem cometer erros, por exemplo, prevendo de forma incorreta como os usuários responderão a uma interface.

Os três elementos principais deste método são:

Este tipo de teste pode ser realizado em um ambiente controlado, como por exemplo, um laboratório. O processo inclui quatro atividades principais:

Referências

Interação Humano-Computador e Experiência do Usuário. Simone Barbosa et. al. Teste de Usabilidade. Cap 12.2.1.

Usability Test, Even When You Know the Answer . Nielsen Norman Group. Hoa Loranger, Janeiro, 2018.

Usability Testing 101 . Nielsen Norman Group. Kate Moran, Dezembro, 2019.

Método de Avaliação de Comunicabilidade

O método de avaliação de comunicabilidade (MAC) de um sistema é baseado na teoria da engenharia semiótica. Ao contrário do método de inspeção semiótica (MIS), o foco são os usuários, isto é, as pessoas que recebem a mensagem.

Normalmente, este método é realizado com um grupo pequeno de participantes—entre cinco e dez pessoas. O processo também inclui quatro etapas principais: preparação, coleta de dados, interpretação e consolidação dos resultados, e relato.

Além das tarefas comumente realizadas em outros testes (isto é, definição das tarefas, perfis, preparação dos materiais, e execução do teste piloto), a preparação para MAC também inclui a identificação dos signos. Durante a coleta dos dados, é sugerido a gravação de vídeo dos participantes, que são usados nas etapas seguintes para analisar as interações, perfis, e identificar rupturas na comunicação. Os avaliadores podem usar um conjunto de 13 etiquetas para interpretar os resultados, como por exemplo, as três etiquetas mostradas nas figuras abaixo—“Cadê”, “E agora”, “Por que não funciona”. Na etapa final, os avaliadores podem verificar, por exemplo, a frequência de cada etiqueta e níveis dos problemas.

Se um usuário não descobriu como realizar uma ação na interface, associamos com a etiqueta “Cadê?”

Podemos utilizar a etiqueta “E agora?” se o usuário não entendeu qual é o processo para concluir uma tarefa

Se o sistema mostrou um resultado diferente do esperado usamos a etiqueta “Por que não funciona?”

Referências

Interação Humano-Computador e Experiência do Usuário. Simone Barbosa et. al. Método de Avaliação de Comunicabilidade. Cap 12.2.2.

Prototipação em Papel

Interação Humano-Computador e Experiência do Usuário. Prototipação em Papel. Simone Barbosa et. al. Cap 12.2.3.

Test Paper Prototypes to Save Time and Money: The Mozilla Case Study . Nielsen Norman Group. Susan Farrell, Agosto, 2015.